A Comunidade Inconfessável / Unb - Maurice Blanchot
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A Comunidade Inconfessável / Unb - Maurice Blanchot
A Comunidade Inconfessável / Unb - Maurice Blanchot
R$ 31,80
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- Editora Unb. Ano 2013. Tradução: Eclair Antonio Almeida Filho. 82 páginas. Tamanho: 23 x 16 cm (Livro raro, esgotado, novo). - Resumo: Escrita em atenção a Georges Bataille e aos volteios da exigência comunitária. A vocação crítica e ensaística de Blanchot faz emergir o depois da Segunda Grande Guerra, a discussão incessante sobre comunismo, os eventos de Maio de 1968 etc. Entre a amizade e a comunidade literária, o desdobramento e a exigência de escrever, o livro expõe uma pulsação singular até mesmo quando se têm em apreciação as obras anteriores de Blanchot. A respiração da escrita pode conduzir de uma passeata comum ao abrir de pernas dos amantes, da política ao amor, sem que se possa excluir solidão e desamor. A Comunidade Inconfessável de certo modo responde a La Communauté Désoeuvrée, livro escrito por Jean-Luc Nancy.
A comunidade inconfessável: será que isso quer dizer que ela não se confessa, ou então que ela é tal que não há confissões que a revelam, já que, cada vez que se falou de sua maneira de ser, pressente-se que não se apreendeu dela senão aquilo que a faz existir por ausência? Então, melhor teria valido se calar? Melhor valeria, sem pôr em valor seus traços paradoxais, vivê-la naquilo que a torna contemporânea de um passado que jamais pôde ter sido vivido?
O preceito de Wittgenstein célebre demais e reiterado demais, “é preciso calar aquilo do qual não se pode falar”, indica justamente que, já que ele não pôde, ao enunciá-lo, se impor o silêncio a si mesmo, é que, em definitivo, para se calar, é preciso falar. Mas com que espécie de palavras? Eis aqui uma das questões que este pequeno livro confia a outros, menos para que eles respondam a ela do que para que eles queiram justamente portá-la e talvez prolongá-la.
Assim descobriremos que ela tem também um sentido político compelente e que ela não nos permite nos desinteressar do tempo presente, o qual, abrindo espaços de liberdades desconhecidos, nos torna responsáveis por relações novas, sempre ameaçadas, sempre esperadas, entre aquilo que chamamos de obra e aquilo que chamamos de desdobramento.